Aconteceu algo nas últimas semanas em Londres que ninguém reparou, enquanto os jogos olímpicos aconteciam, uma estrutura monstruosa de tecnologia suportava um volume absurdo de informações e interações relacionadas ao jogos, onde o risco de um erro de sistema poderia colocar toda a credibilidade de uma olimpíada inteira em jogo.
Mas isso não aconteceu só nas últimas semanas, foram mais de 200.000 horas de testes em uma plataforma tecnológica que foi definida a 18 meses atrás e que começou a ser planejada em 2005, tudo isso para construir um centro de controle e processamento de dados que tinha a seguinte estrutura em Londres:
- 900 servidores
- 1.000 dispositivos des rede e de segurança da informação
- 10.000 computadores (de todos os tipos)
- 3.500 pessoas trabalhando 24X7
Nessa estrutura funcionava o quartel-general da operação das Olimpíadas, que dava todas informações em tempo real para a imprensa, além de controlar toda a segurança credenciais e acessos de atletas e números relacionados a todas as provas. Nessa estrutura não existe nada relacionado a redes sociais, é um centro de operações exclusivo para garantir o funcionamento dos jogos.
A empresa que projetou tudo isso, tem pela frente a grande responsabilidade de trazer esse quartel-general para o Brasil, e aqui fazer o mesmo que fez em Londres, mas sempre considerando um crescimento de volume – da última olimpíadas para Londres houve um crescimento de 30% na quantidade de dados. Umas das principais preocupações para que tudo acontecesse conforme o planejado era que as operadoras de serviço móvel suportassem o volume necessário de tráfego simultâneo de dados que necessariamente precisam desse recurso.
Será que o Brasil está preparado para receber uma operação desse tamanho (infra-estrutura, pessoas qualificadas e processos)?
* O artigo original detalha um pouco mais esse complexo projeto e trás o nome do prestador do serviço nesse link.
** Para o pessoal de TI, aqui um link com o detalhamento do projeto técnico.
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